sábado, 18 de outubro de 2008

Coisas e nomes

Segundo o Mike, aquela bolinha verde, o “zoiudinho da mamãe” do filme Monstros SA, quando a gente dá nome as coisas, começa a se apegar. E descobri que isso é verdade. Tenho uma amiga que põem nome em tudo: seu computador de chama Lilith, sua borracha de elefante se chama Efalante, seu All Star se chama Belzinha e ela até quis pôr nome na bombinha de asma da Aninha. Mas o que realmente me fez pensar que colocar nomes nas coisas cria o sentimento de afeição, foi uma invenção da minha irmã. Ela tem uma pinta no couro cabeludo, logo acima da orelha e resolveu batizá-la de Vilma. Até aí tudo bem. Mas a coisa veio parar em mim. Tenho sardas no rosto, nos cotovelos, nos joelhos... São dezenas, centenas, milhares... E decidimos batizá-las também a exemplo da Vilma. E a regra é a seguinte: todos os nomes devem começar com V. Então surgiram: Valeusca, Valmir, Vilmar, Valéria, Vanda, Viviane, Verônica, Valdomiro, Vera, Vivian... e a Vanessinha. Vanessinha foi assim batizada, pois é uma das que mais aparecem no meu rosto, é fácil notá-la. Segundo o Malcelo, o criador do nome, ela é safada*. E um dia ela meio que sumiu, assim, por mágica.

-Cadê a Vanessinha?
-Ah... saiu com o Vandão... Não tem hora pra voltar...

~*~

- Eu vi a Vanessinha ontem com o Marcão.
- Marcão?? Epaa, mas é tudo nome com V!
- Então ela fez intercâmbio, ou ele, sei lá... Sabe que a Vanessinha é safada...

E assim vai. E a gente se apega. Porque a dois anos atrás eu seria totalmente a favor de tirar as minhas sardas. Mas agora é impossível. Imagina! Deixar a Vanessinha, o Valmir, a Vera e o Vandão sem lar? Não dá mais não.

*Nota: Se alguém que estiver lendo se chama Vanessa, tirem a história a limpo com o Malcelo. Isso não é coisa minha. ;D

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